sábado, 22 de setembro de 2007

Estou de volta!!!!! E com "ele"...

Demorei um pouquinho não é mesmo... Perdoem-me!!!! Saudades profundas!!!!!
A minha ausência justifica-se numa gostosa viagem em busca de um conjuntinho de idéias, informações e tudo que me possibilitasse produzir um arrumado de palavras que estivesse dentro de uma problemática a qual, em meu interior, existisse paixão em desvendá-la.
A minha ausência justifica-se, pois, no meu projeto de pesquisa!
É com zelo, amor e dedicação que lhes apresento, não deixando de ressaltar que em meio de tantas buscas apaixonei-me por "ele": O tema do meu projeto de pesquisa, mais adiante de monografia e, por conseguinte de carreira profissional, lapidando-o sempre!!!!
Pois bem, vamos dialogar sobre...
A princípio minha pergunta é:
Qual o perfil do pedagogo para atuação em espaços empresariais, na área de gestão de pessoas, frente às demandas do mercado de trabalho, na perspectiva de sociedade do conhecimento?
Busco, através desta, permitir aos pedagogos, egressos e atuantes, uma reflexão mais profunda sobre suas possibilidades de atuação em espaços empresariais compreendendo o modelo educacional e profissional predominante nesse cenário da sociedade contemporânea, onde as transformações de valores, pensamentos e culturas passaram a ser regras de condutas sociais, cabendo ao educador adequar-se a essa nova realidade, no sentido de acompanhar e preparar-se para caminhar junto a essas mudanças sociais que vêm ocorrendo.
Como disse, a lapidação é essencial e necessária, por isso, cada nova descoberta me dará subsídio para mudanças e aperfeiçoamentos.
Mas a idéia que abraço é essa: O pedagogo na empresa!!!!!
Vou ficando por aqui, porém na busca contínua de "mais" para lhes fornecer belas cenas do próximo capítulo!!!!
Bj Gde!!!!

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

A disciplina acabou, mas continuarei postando!!!!!

Oi pessoal!
Antes de qualquer coisa, gostaria de deixar registrado aqui o prazer que foi cursar a disciplina Educação e Tecnologias Contemporâneas e os meus profundos agradecimentos a Professora Maria Helena Bonilla, por dentre outros fatores que tornaram tão rica a minha trajetória acadêmica, ter me feito acreditar que eu era muito mais capaz do que imagina ser; e todas as minhas colegas pela brilhante parceria que nos possibilitou fazer dos nossos encontros um verdadeiro show de aprendizagens!!!
A vivência com vocês, sem duvidas, traduz, pra mim, uma satisfação indescritível!!
Que possamos contar-nos sempre!!!
E a caminhada continua... Como disse no meu título... Continuarei postando!!
A cada semestre que chega ao fim conseguimos adquirir mais maturidade acadêmica e pessoal, que nos dar bagagem para iniciar o próximo com mais garra e vontade!!!
Isso traduz o que eu sinto hoje... As expectativas são infinitas e muito grande a vontade de vencer mais uma jornada!!!
Os assuntos das postagens adiante serão dos mais variados temas, mas se concentrará no meu grande foco desse término de percurso: A minha monografia!!!
Como ainda não sei, com exatidão, o meu tema, deixo para contar-lhes posteriormente!!
Continuo contando com a ajuda de todos na construção desse espaço!!!
Bj Grande, até mais!!!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

O artigo individual!!!!!!

O Formato Educativo da Rádio educativa.


Fabiana Santos Costa


Resumo

As argumentações que seguem nesse artigo buscam trazer uma reflexão envolvendo questionamentos de fundamental importância no nosso dia-a-dia. O que pretendo abordar é uma análise da educação no contexto contemporâneo, aliada a meios de comunicação, que são, além de elementos estruturantes do processo educativo, também uma maneira de acompanhar o desenvolvimento tecnológico que vem acontecendo nos últimos tempos. A mídia a ser inquietada é o rádio e a analise se dará através de uma retomada ao seu surgimento e evolução ao longo da história. Assim será detectado onde se encontra o caráter educativo, desde o princípio, a fim de articular com o contexto contemporâneo e verificar qual sentido pedagógico encontra-se inserido nessa abordagem.

Palavras-chave: Rádio Educativa. Contemporaneidade. Comunicação.

Introdução


Em diversos momentos da história, os diferentes tipos de sociedade seguiram caminhos distintos para percorrer a dinâmica do saber. Todas elas embasadas por formas e estratégias existentes naquele determinado contexto. Em outras palavras, podemos dizer que em cada momento coube à escola o papel de refletir as necessidades e ânsias da sua época.
Encontramos-nos inseridos em uma sociedade cuja característica marcante é a articulação de informações em prol da construção do conhecimento. Nesse contexto, a educação ganha uma dimensão mais profunda e o significado da escola encontra-se atrelado a diversos fatores, que vão além de espaços escolares e que ultrapassam as práticas formais vivenciadas em momentos anteriores: ensinar e aprender; receber e reproduzir.
Isso nos faz perceber que:

“A educação, portanto, ocorre nos mais diferentes espaços e situações sociais, num complexo de experiências, relações e atividades, cujos limites estão fixados pela estrutura material e simbólica da sociedade, em determinado momento histórico. Nesse campo educativo amplo, estão incluídas as instituições (família, escola, igreja, etc), assim como também o cotidiano difuso do trabalho, do bairro, do lazer, etc.”(Dyarell,1991,p.142)


A abordagem de Dyarell nos leva a refletir para uma questão demasiadamente importante, que enquanto educadores, não podemos deixar passar despercebida: o processo de aprendizagem que se encontra inserido fora da escola.
Assim, em tempos de contemporaneidade, devemos atentar para o caráter progressivo e veloz da informação, a necessidade da prática educativa abranger o seu mais profundo conceito (construção do conhecimento) e o papel da mídia, como um fator influente de aprendizagem no contexto não formal e como elemento desencadeador de novas práticas pedagógicas.
Nesse âmbito, podemos mencionar o rádio como, além de um meio de comunicação bastante presente no nosso cotidiano, também um instrumento de integração da comunidade, e ainda um aliado no processo de aprendizagem no que diz respeito à busca de transformações sociais que tanto inquieta o nosso contexto contemporâneo.
È na perspectiva de salientar a importância do papel do rádio na sociedade, levando em consideração sua influência no panorama educacional, que busco desenvolver esta reflexão.
Assim, as palavras que seguem vão nos trazer uma abordagem que envolve o surgimento e evolução do rádio, destacando em que momento encontra-se inserido o contexto educativo. Em seguida, uma análise das características de uma rádio educativa. E por fim, uma síntese em torno de qual sentido pedagógico encontra-se imbuído nesse contexto.

Onde tudo começou...

Em 1963, na Inglaterra, o físico James Cleck Maxell despertou para a provável existência de ondas eletromagnéticas e não faltaram interessados em pesquisar sobre o assunto. Um deles foi Rudolf Hertz, que através do experimento de fazer soltar faíscas no ar colocando em contato duas bolas de cobre, descobriu as ondas hertzianas, hoje denominadas de quilohertz. (Histórias do Rádio , 2007)
A evolução do rádio se deu de forma veloz no sentido de aperfeiçoamentos das transmissões, tornando-o, cada dia mais, um meio de comunicação eficiente.
No Brasil, a chegada das inovações acontece na década de 20 do século XX e é marcado pelo surgimento da primeira rádio do país, a radio Sociedade do Rio de Janeiro em 1923, tendo como fundador Roquette Pinto, considerado o “pai do rádio brasileiro”. A rádio teve como primeira transmissão oficial o pronunciamento do presidente da época (Epitácio Pessoa)
È válido ressaltar que Roquete Pinto, ao fundar a rádio mencionada acima, teve o intuído de abordar a extrema relevância da educação no rádio. Para tanto, enfatizou a importância histórica da relação comunicação x educação no contexto radial. Fica subentendido, portando, que o caráter educativo atrelado ao rádio existe desde o seu surgimento. Posteriormente, a Rádio Sociedade é doada ao MEC (Ministério da Educação) a fim de que continue trabalhando com o mesmo propósito educativo.
O processo evolutivo do rádio no âmbito brasileiro continuou crescendo. Na década de 30 acontece a autorização do uso de propaganda no rádio, através do decreto de Lei 21.111, do presidente da Ditadura Militar (Getúlio Vargas). Vivencia-se então um apogeu do rádio como veículo de comunicação de massa e uma forte influência na vida da população, comercial e politicamente. No âmbito comercial refletiu as mudanças de inovações técnicas, nas quais se encontrava o país. E por outro lado, as propagandas eleitorais e os pronunciamentos do presidente marcaram o reflexo político do momento.
As décadas de 40 e 50 são também marcadas pelo surgimento e evolução da TV, que recebe grande força da mídia em detrimento ao rádio. Ainda assim, o rádio permanece crescendo, juntamente com o surgimento e aperfeiçoamentos das emissoras que lhe atribuía, dia-a-dia, características mais atuais.
Nas décadas de 60 e 70 vive-se um momento radial de excelente estilo comunicativo, por apresentar programas com mais variedades e de caráter mais jovial. Da década de 80 até os dias atuais o rádio, além da continuidade no seu processo evolutivo, é marcado pela perspectiva de surgimento de uma tecnologia digital, a qual caracteriza uma revolução radiofônica no sentido de ampliar a potência do rádio (Histórias do Rádio, 2007).

A Rádio Educativa e a Educação


Dado um entendimento do surgimento e processo de evolução do rádio, podemos perceber que ele foi capaz de se tornar uma alternativa de comunicação na vida das pessoas, quando conseguia levar de casa em casa a transmissão de informações.
“A educação implica comunicação” (Scheiimberg,1997, p.39) e “se dá de fora para dentro, tanto como de dentro para fora” (Beuner,1987, p.132)
Desta forma, o poder do rádio em transmitir informações e articular o processo de comunicação, evidência quão grande é a sua potencialidade no sentido de vencer territórios e promover a socialização educacional.
E para defender o real papel educativo do rádio, ainda nos fala Scheimberg, (1997):

“Ao transmitir informação, ao comunicar significados, o rádio participa do processo sócio-cultural de desenvolvimento de grande parte da população do planeta, pelo que podemos dizer, efetivamente, que o rádio educa” (1997, p.50)

O papel educativo do rádio encontra-se entrelaçado com suas amplas característica que o fazem, por um lado, ser um elemento de fundamental importância no processo de integração do cidadão à sociedade, e ao mesmo tempo um instrumento de transformação social no momento que permite ao sujeito fazer da informação que acessa, fonte de material e de significados para ampliar sua rede de conhecimentos e cultura abrindo possibilidades para sua real participação sócio-cultural .
Sendo assim, pode-se dizer que tanto os programas denominados “educativos”, quanto os de outro cunho, (entretenimento, propaganda, etc) contribuem para a construção do saber. Eles possibilitam uma significação de conhecimentos capazes de atender a perspectiva educacional da contemporaneidade, cujo discurso está voltado para a formação de sujeitos críticos, autônomos e atuantes. A vivência encontrada a partir da articulação do conjunto de práticas formais e não formais que envolve o âmbito educacional é quem vai proporcionar que essa formação efetivamente aconteça.

Assim, a escola precisa buscar fora do seu espaço físico, condições que possibilitem aos alunos refletir sobre sua capacidade de atuação na sociedade fazendo-o entender que:

“... quanto mais expostos estiver o ator a experiências diversificadas, quanto mais tiver de dar conta de ethos e visões de mundo contratantes, quanto menos fechada for sua rede de relações ao nível de seu cotidiano, mais marcada será sua autopercepção de individualidade singular” ( Velho, 1987, p.32)

A escola deve ser, portanto, um espaço de articulação de experiências e conhecimentos.

As Ultimas Considerações

Com o forte posicionamento das tecnologias frente aos meios de comunicação, tornam-se necessárias contínuas reformulações de conceitos e práticas que envolvem o contexto educacional. O rádio, talvez devido a possuir uma intenção educativa desde sua origem, garante possibilidades infinitas de de exercer um verdadeiro papel educativo
Ao trabalhar com esse instrumento (rádio), a escola tem a condição de tratar de assuntos que mesmo não considerados educativos formais, possuem influencia e interesses na vida da população e podem ser considerados um grande aliado no processo de comunicação interativa e educacional na vida das pessoas.
Diante de toda essa reflexão podemos dizer que “não se espera da escola apenas o papel de transmissora de conhecimento” (Moreira, 1991), tampouco como detentora absoluta das informações necessárias ao indivíduo. O verdadeiro sentido pedagógico encontra-se entrelaçado na perspectiva de formação de sujeitos críticos e atuantes na sociedade. E o rádio sobre essa visão, deve atuar através de uma programação variada permitindo que seus ouvintes adquiram conhecimentos diversos e possam posicionar-se criticamente sobre eles.


Referências Bibliográficas:



SCHEIMBERG, Martha. Educação e Comunicação: O Rádio e a Rádio Educativa. In: LITWIN, Edith. (Org.) Tecnologia Educacional: políticas, histórias e propostas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

DAYRELL, Juarez. A escola como espaço sócio-cultural. Múltiplos olhares sobre educação. e cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1999. p. 142-143.

VELHO, Gilberto. Individualismo e cultura: notas para uma antropologia da sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Zahar, 1987.

BEUNER, J. La importância de la educacion, Barcelona, Paidós, 1987

MOREIRA, S. V. O Rádio no Brasil. Rio de Janeiro, Rio Fundo Ed., 1991. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/revistasebrae/02/pg_artigo7.htm Acesso em
19/06/2007.

História do rádio. Imagens do rádio no Brasil. Disponível em: http:// www.microfone.jor.br/fotos_radio.htm. Acesso em: 19/06/2007.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

O artigo Colaborativo!!!!

RADIONOVELA E SOFTWARE LIVRE: AS CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS PARA A SOCIEDADE.


Carla de Oliveira. alanis_kal@yahoo.com.br Dart Araújo. dart_araujossa@yahoo.com.br Fabiana Costa. fabiana270285@yahoo.com.br Géssica Aragão. gessica_aragao@yahoo.com.br Otanísia Costa. octanisia@yahoo.com.br Verônica Terto. veronicaterto@yahoo.com.br FACED-UFBA


Resumo


O artigo discute questões sobre o Software Livre na sociedade contemporânea. Este abordará as principais problemáticas acerca da origem, conceito, distribuição, utilização e principalmente sobre o uso do Software Livre para potencializar uma efetiva inclusão digital. Analisará também o software livre associado à educação e ao rádio, meio de comunicação que permanece se adequando às inovações tecnológicas. Associado ao elemento web, o rádio aumenta seu potencial social, e, se usado de forma democrática, realmente a serviço do povo, cria meios para a produção de novos conhecimentos, divulgação de suas produções bem como a troca de conhecimentos, a discussão, o debate e o desenvolvimento do senso crítico, possibilitando a compreensão e a transformação da dinâmica social na qual vivemos e da qual devemos ser sujeitos atuantes. Para materializar nossa discussão sobre a temática, tivemos como produto uma radionovela, produzida em software livre.


Palavras-chave: Software Livre, Educação e Rádio.


Introdução


Vivemos em um mundo em constante mudança. O que marca a sociedade contemporânea é a presença das tecnologias digitais, uma vez que quase todas as relações e movimentos de nossa época têm a ver direta ou indiretamente com elas. E qual o fator essencial para fazer uso delas? Como isso pode amenizar as problemáticas sociais? As mazelas presentes no contexto social estão longe de serem resolvidas pela boa vontade do poder público, mas a sociedade, a partir do momento que toma consciência dessa realidade, pode perceber quão abrangentes são as possibilidades de reação, fazendo uso de ferramentas tecnológicas com grande poder de comunicação: manifestações, articulações, denúncias e, principalmente, exigências para que haja respeito dos seus direitos básicos. Fazendo uso crítico e consciente das tecnologias, explorando seu potencial, abrem-se as tentativas de oportunizar aos indivíduos o entendimento de que a inclusão implica em muito mais que ter acesso à algo e sim poder usá-lo de forma que contribua para além dos seus próprios benefícios, também os da sociedade como um todo. Ou seja, a dinâmica deve funcionar de forma que cada um crie ou aperfeiçoe as tecnologias em prol do desenvolvimento social. E para tal, existe um universo de instrumentos de mídia, elaborado com software livre, cuja trajetória, desde o surgimento, está marcada por ser um mecanismo que visa estabelecer um elo entre a sociedade e suas possibilidades de melhoria individual e coletiva. Através da escolha de um desses instrumentos da mídia, a radionovela, irá se promover, por um lado, a difusão e o entendimento do movimento software livre, de forma que fiquem bastante evidentes seus benefícios e sua importância no contexto social, a fim de quebrar a hegemonia que existe em relação aos softwares proprietários. Por outro lado, despertar a idéia de que quanto mais compartilhamos e socializamos conhecimentos, mais eles crescem, possibilitando assim, um melhor desenvolvimento social. Utilizamos a radionovela pela relevância desse meio no contexto educacional e na formação da comunidade. As orientações apresentadas nesse artigo baseiam-se no levantamento bibliográfico dos autores: Silveira (2004), Pretto (2006), e nas informações disponibilizadas no site do Projeto Software Livre Bahia (PSL-Ba 2004), como também nos blogs de graduandos da FACED. Como produto desse estudo, foi produzida uma radionovela, inspirada no texto de Valois Filho (2004).


O software livre


Para entendermos melhor o que é software livre, é preciso saber o que é um software. O software corresponde a qualquer programa de computador. É um conjunto de informações digitais escritas em linguagem de programação; uma estrutura lógica desenvolvida por programadores, que realiza funções dentro de um sistema computacional, diferentemente do hardware, que é representado por monitores, impressoras, mouses, placas, memórias, etc. O software, por não ser físico, e sim lógico, não sofre desgastes e pode ser duplicado e armazenados em disquetes, cds e HD, sendo que cópias poderão ser transportadas de um computador para outros sempre que conectados a uma rede ou através de uma mídia. Em outras palavras, pode-se dizer que o software é o meio que torna possível o funcionamento do computador no que diz respeito à dinâmica de troca e processamento de informações. Existe um mecanismo necessário e indispensável para a compreensão e aperfeiçoamento de um software: o seu código-fonte - a essência de um programa de computador. Código-fonte é o "conjunto de palavras escritas de forma ordenada, contendo instruções em uma das linguagens de programação existentes no mercado, de maneira lógica. As linguagens compiladas, após ser compilado o código fonte, transforma-se em software” (Wikipedia). Sem ele, nada acontece, ele é que vai informar o que o programa vai fazer. Tudo começa no mesmo. Um software é denominado como proprietário quando tem seu código fonte em mais absoluto sigilo, sendo assim, inacessível às alterações. Tal característica é produto de estratégia comercial que visa impor à sociedade pagar por versões atualizadas. Um software pode ser considerado livre quando possui quatro liberdades: uso, cópia, modificação e redistribuição. O conhecimento do código-fonte torna-se necessário para isso. Tendo esse código em mãos, associado às quatro liberdades acima mencionadas, garante-se que a produção de conhecimento ficará livre, disponível a todos. A liberdade de um software é garantida pela suas licenças especiais que podem ser mais ou menos restritivas. A mais utilizada é a GPL (Licença Pública Geral). Dentro da GPL está o conceito de copyleft, que é uma forma de usar o copyright para impedir qualquer tipo de restrição, garantindo a liberdade. O copyleft garante o reconhecimento do autor. É necessário não confundir software livre com software gratuito ou aberto. Um software pode ser distribuído gratuitamente e não ser livre. Um software pode ter seu código-fonte aberto e de alguma forma sofrer restrições em uma das quatro liberdades, o que faz com ele não seja livre. Mas, ainda assim, “os custos de aquisição dos programas livres são bem menores, sua concepção vislumbra a liberdade de produção e compartilhamento do conhecimento e o desenvolvimento e a independência tecnológica nacional, o que implica em melhoria da conjuntura sociocultural e econômica do país (Projeto Sou Livre Também, 2004).


Surgimento do software livre


Durante as décadas de 60 e 70, os programadores compartilhavam seus códigos fontes uns com os outros, todos podiam modificar o programa e também partilhavam as mudanças, cujos princípios de liberdade e cooperação se assemelham aos da cultura hacker, que segundo a Wikipedia, é "o que os antropologistas chamam de cultura de doação . Tem como base a reputação e ganha-se status por doar seu tempo, sua criatividade, e os resultados de sua habilidade". Entretanto, com o avanço tecnológico e a crescente necessidade do uso do computador, as grandes empresas começaram a criar seus produtos para se firmar no mercado, se apropriando de programas e seus códigos fontes, tornando-os segredo comercial, ou seja, as empresas vendiam seus programas mas não disponibilizavam seus códigos fontes,impondo inúmeras restrições referentes à compra, utilização e divulgação dos programas, sem falar no alto custo. Nos anos iniciais da década de 80, um pesquisador chamado Richard Stallman deu início ao projeto GNU, que significa: “GNU is not Unix”, um acrônimo recursivo, que era muito utilizado na época. O GNU foi baseado no Unix, o primeiro sistema operacional a ser criado com uma filosofia não colaborativa, que serviu de base para a criação do Minix (sistema operacional também proprietário). O projeto GNU teria a finalidade de criar um sistema operacional livre que fizesse o mesmo que o Unix, inclusive sendo capaz de rodar programas e aplicativos do Unix. A idéia ganhou adeptos e em 1984 foi fundada a Free Software Fundation, como mostra Valois Filho (2004). . Em 1991, Linus Torvalds, um matemático finlandês, desenvolveu o núcleo (centro responsável pela articulação), chamado kernel, para o sistema operacional do tipo Unix, em formato livre. Com a ajuda de vários colaboradores, o software foi aperfeiçoado e assim surgiu o sistema operacional GNU/Linux. Vários outros softwares livres foram criados depois disso, como o apache, o gimp e o openoffice.org, conforme apontado por Silveira (2004).


O Movimento do Software livre atualmente


A comunidade do Software Livre envolve mais de 10 milhões de pessoas, sendo composta por hackers (pessoas que possuem conhecimento profundo sobre informática, programação e sistemas) e pessoas das mais diversas áreas de conhecimento como direito, administração, comunicação e educadores, além de outros. Por todo o Brasil há vários Movimentos Software Livre, que por sua vez fazem parte de um movimento mundial. O governo brasileiro vem incentivando cada vez mais o uso de software livre nas repartições públicas, reduzindo sensivelmente os custos com licenças de software proprietário, sendo que a economia antes gasta em licenças e compras, hoje pode ser direcionada para outros investimentos em pesquisas e tecnologia nacional, e até mesmo em setores sociais problemáticos. Não se restringe, porém, a intensificação do movimento do software livre em instituições educacionais, às diminuições de custos. Trata-se de despertar no publico docente e discente o interesse pela nova cultura que, apesar de estar sendo muito difundida, ainda é pouco conhecida e/ou simpática a alguns olhos. Como exemplo de mobilização nessa trajetória do movimento, encontra-se o projeto Sou Livre Também, da Faced/UFBA, “que busca criar espaços para debate, experimentação, utilização, produção de conhecimento e criação de cultura em torno da articulação das temáticas Software Livre, Inclusão Digital e Formação de Professores.” ( Projeto Sou Livre Também, 2004).


Vantagens do software livre


As vantagens mais evidentes e significativas do software livre são: liberdade, melhor desempenho e estabilidade, independência de fornecedor, segurança e menor suscetibilidade a ataque de vírus, possibilidade de fazer adequações, gerenciamento e investimento em hardware, confiabilidade, custo social baixo. No caso das empresas que trabalham com softwares, além de diminuir o gasto com licenças e royalties, proporciona a vantagem de oferecer aos clientes softwares personalizados, conforme suas necessidades específicas. Aos usuários, a vantagem de escolher a versão disponível que acharem mais adequada (GUESSER, 2007). Todos esses benefícios nos mostram que o software é uma opção totalmente viável, socialmente justa, segura e com custo mais baixo. O mais importante, porém, em especial no que se refere à educação, é a liberdade, a produção e divulgação do conhecimento, à disposição de todos. Tudo isso se move no propósito de fazer com que essa liberdade adquirida possa ser entendida como meio propulsor na mudança das dinâmicas políticas e sociais. E no âmbito educacional isso pode ser identificado quando o educar seja mais que colocar a criança na escola e sim despertá-la para seu papel crítico e reflexivo diante da sociedade.


Modelo bazar e o modelo catedral


Essa denominação, de acordo com Silveira (2004), foi criada pelo hacker norte-americano Eric Raymond. O modelo bazar é o modelo como os softwares livres são produzidos, baseado na colaboração e na interação. Seu modelo de negócios tem como base serviços, buscando vender desenvolvimento, capacitação e suporte, o que exige inovação. O modelo catedral é o modelo proprietário, fechado e hierarquizado, com modelo de negócios baseados em licenças. As empresas de software proprietário controlam o código-fonte dos seus softwares e apenas permitem que os usuários tenham acesso ao seu código executável. Ao explanar as dinâmicas do diferentes modelos é inevitável associar a modelos educacionais, às modificações que foram acontecendo junto com as transformações na sociedade. Já tivemos momentos marcados por uma educação autoritária, baseada em métodos que deveriam ser tão somente seguidos e perpetuados. Como já foi mencionado, o que marca a sociedade contemporânea é a presença das tecnologias digitais. A educação, por sua vez, nesse contexto, encontra-se firmada no propósito de formar indivíduos críticos, co-autores dos processos e dinâmicas que vivenciam, com desejo de mudanças capazes de promover o desenvolvimento social. Daí vem a importância tão grande do software livre, com o seu modelo bazar, para que essa educação se torne realidade, onde todos tenham as condições necessárias para produzir conhecimento, trocar idéias e informações, sem hierarquização de pessoas e saberes, numa produção coletiva, onde todos são sujeitos ativos e participantes do processo, baseado na inteligência coletiva e na ajuda mútua. Isso muda a relação do professor e dos alunos com o saber, que deixa de ser algo pronto e acabado, a ser integralmente transmitido como verdade absoluta e passa a ser algo que está em constante construção, que faz parte de um processo onde todos se beneficiam e ao mesmo tempo são capazes de beneficiar outros, por estarem articulados. É valido ressaltar, que outros eficazes meios de comunicação, têm o imprescindível papel, para não dizer responsabilidade, de promover a difusão de todos os movimentos que se mostrarem pertinentes ao desenvolvimento social. A escola, sem dúvida, deve caminhar lado a lado com esses meios, trabalhando não só na questão do seu acesso como também do seu entendimento. Um desses meios, bastante eficaz pelo seu alcance e versatilidade ao longo dos anos e das inovações tecnológicas, tendo um grande potencial educacional que ainda não foi totalmente explorado, é o rádio.


O rádio e a educação


O rádio, além de ser um meio de comunicação eficaz não só para a transmissão de informações, mas para educação, sendo esta a sua finalidade e intenção inicial no Brasil, tem um papel social muito importante. Se usado de forma democrática, pode ser colocado realmente a serviço da comunidade, como veículo de expressão cultural, um meio de mobilização social, discutindo as informações passadas pelos demais meios de comunicação de massa de forma questionadora, crítica, levando à interatividade e ao respeito à diversidade cultural. Adaptando-se às inovações tecnológicas, tendo agora presente o elemento web, o rádio muda a relação tempo e espaço, pois torna possível escolher o que ouvir no horário em que for conveniente, sem falar que aumenta o alcance do que está sendo produzido e transmitido, mantendo sua característica de responder às necessidades de informação e entretenimento da sociedade.. Segundo Cunha (2004), "o que se observa no encontro ou diálogo do rádio com a internet é o aproveitamento de suas melhores características, em favor de uma comunicação de qualidade. O rádio permanece como áudio, em tempo real, mas oferece informação on demmand, podendo estar presente no mesmo telefone celular que hoje se populariza". Ao debater sobre a Teoria do rádio de Bertold Brecht, Zuculoto (2005) afirma que O rádio tem, hoje, a possibilidade sempre maior de ser meio de expressão, se explorar e adaptar seus recursos técnicos, de linguagem e de conteúdo às novas tecnologias e aos novos tempos da humanidade. O rádio continua a ter potencial para ser o veículo mais popular e de maior alcance de público. E permanece sendo o de maior imediatismo, instantaneidade de transmissão. E cita o próprio Brecht ao falar sobre o papel que a rádio deveria ocupar: É preciso transformar o rádio, convertê-lo de aparelho de distribuição em aparelho de comunicação. O rádio seria o mais fabuloso meio de comunicação imaginável na vida pública, um fantástico sistema de canalização.Isto é, seria se não somente fosse capaz de emitir, como também de receber; portanto, se conseguisse não apenas se fazer escutar pelo ouvinte, mas também pôr-se em comunicação com ele. A radiodifusão deveria, conseqüentemente, afastar-se dos que a abastecem e constituir os radiouvintes como abastecedores. Portanto, todos os esforços da radiodifusão em realmente conferir, aos assuntos públicos, o caráter de coisa pública são totalmente positivos (BRECHT apud ZUCULOTO, 2005) O uso da rádio web na educação irá proporcionar aos alunos o contato com as novas tecnologias, aprendizagem de modo criativo, produção de novos conhecimentos, divulgação de suas produções bem como a troca de conhecimentos, a discussão, o debate e o desenvolvimento do senso crítico, o que contribui grandemente para que haja uma maior informação e formação sobre o software livre.


Considerações finais


Durante esta produção, percebe-se que não se trata apenas de ter o código-fonte, mas de ter liberdade, conhecer os processos e fazer uso da tecnologia de modo que nos beneficie individual e coletivamente, de forma simples e confiável, de custo social baixo e acima de tudo, livre. O incentivo de uso por parte do Governo Federal do Software Livre em locais como infocentros e instituições públicas reduz gastos significativos no que diz respeito às licenças de Software proprietário. O país precisa dessa iniciativa para firmar sua independência tecnológica e com isso, permitir que as desigualdades sociais possam ser amenizadas. "Devemos usar a tecnologia para que a sociedade se organize em prol de objetivos comuns. É preciso que se criem comunidades de aprendizagem (virtuais ou presenciais) para que se formem relações horizontais. Dessa forma, os membros das comunidades poderão promover trocas interativas, discutir, trocar informação, construir conhecimento, formar inteligência coletiva. As tecnologias digitais estão em todos os setores, nós somos organizados por elas, vivemos com elas. Elas trazem um volume de informação imenso, essas informações trazem conhecimento e do conhecimento, aprendizagem. Mas para que a sociedade possa chegar à aprendizagem não ao mero consumo do que é passado, precisa ser incluída, precisa se incluir. Inteligência coletiva: Aprendizagem recíproca de todos. (VIEIRA, 2007) A produção da radionovela foi uma forma que utilizamos para, além de deixar claro a importância da construção coletiva, socializar, de uma maneira agradável, toda a trajetória do software livre como alternativa ao modelo tecnológico imposto pelo mercado. Esperamos que esse produto de mídia chegue às escolas e à comunidade e ajude a esclarecer sobre o que é o software livre, sua importância e as vantagens de utilizá-lo. Constata-se então que a luta não é somente pela redução de gastos com licença e sim contra o monopólio, a favor da liberdade das idéias, da produção, a favor da coletividade, do verdadeiro sentido de articulação em rede, onde não podemos ser meros expectadores, mas colaboradores. A educação, como meio que pode gerar a transformação, ajudando no desenvolvimento do senso crítico e na formação de pessoas que mais do que questionar têm capacidade de propor soluções e estratégias frente ao contexto atual, precisa estar cada vez mais engajada na busca por essa liberdade e pela construção coletiva do conhecimento, usando os diversos meios que a vasta inteligência humana tem colocado à disposição.


Referências bibliográficas


Cartilha do software livre, PSL-BA. Disponível em: http://twiki.dcc.ufba.br/bin/view/PSL/CartilhaSL
CUNHA, Mágda. Rádio e Internet: o Encontro de Duas Grandes Invenções. 2004. Disponível em: http://hdl.handle.net/1904/17662 . Acesso em 19/04/2007.
GUESSER, Adalto Herculano. Software livre e controvérsias tecnocientíficas: Uma análise sociotécnica no Brasil e em Portugal. Curitiba: Juruá, 2007.
PINHEIRO, Walter. Software livre: a liberdade chegou! — Brasília : Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2001.
PRETTO, Nelson De Lucca e PINTO, Cláudio da Costa. Tecnologias e novas educações. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 11, n. 31, 2006. Disponível em: . Acesso em: 23 Abr 2007. Pré-publicação.
Projeto Sou Livre Também. 2004. Disponível em http://www.twiki.faced.ufba.br/twiki/bin/view/GEC/SouLivreTb. Acesso em 18/04/2007. PSL-Ba. Projeto Software Livre Bahia, 2004. Disponível em http://twiki.dcc.ufba.br/bin/view/PSL .Acesso em 18/04/2007 SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. Software livre: A luta pela liberdade do conhecimento. São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 2004. VALOIS FILHO, Djalma. O que é Software Livre? 2004. Disponível em : http://www.gnus.com.br/index.py?a=service&id=1&act=downloads . Acesso em: 18/04/2007. VIEIRA, Verônica Terto Ferreira Vieira, Inteligência coletiva: Aprendizagem recíproca de todos. In: Coração de Estudante. Disponível em: http://veuvieira.blogspot.com/ Acesso em 17 de Abril de 2007.
WIKIPEDIA Portugal. Código fonte. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Código_fonte. Acesso em 18/04/2007.
ZUCULOTO,Valci Regina Mousquer.Debatendo com Brecht e sua Teoria do Rádio (1927-1932): um diálogo sempre atual sobre o papel social e as potencialidades da radiodifusão. Disponível em : www.carosouvintes.com.br/universidade/ValciZuculoto.pdf. Acesso em 19/04/2007.


ANEXO


Roteiro da Radionovela, inspirada no texto “O que é software livre?”, de Djalma Valois Filho. Pessoa1: Puxa, e agora? Justamente no final do trabalho, e eu tinha que entregar amanhã! Pessoa 2: - O que aconteceu Pat? Pessoa 1 : - Meu micro deu tilte, perdi o trabalho todo. Pessoa 2 : - Não foi o seu micro. Foi o seu sistema operacional. Pessoa 1: - Ops, o que é isso? Pessoa 2: - É o sistema operacional que controla o seu micro. São os programas responsáveis pela maioria das operações de um computador. Pessoa 1: - Mas a minha versão é a mais atual e custou tão caro! Pessoa 2: - Pois é! Você pagou tudo isso para ver seu computador congelado... Poderia ter pago bem menos e conseguido um sistema operacional estável. Pessoa 1: - E isso é possível? Pessoa 2:- Claro que sim! Se chama GNU/LINUX e faz parte do projeto Free Software Foundation . Pessoa 1: - São programas gratuitos? Pessoa 2: - Não necessariamente precisam ser gratuitos, são livres. Pessoa 1: - Então quer dizer que eu posso copiar? Pessoa 2: - Isso! O mesmo não acontece com os programas proprietários, que você adquire o direito de uso e mais nada. Pessoa 1: - Isso não acontece com o software livre? Pessoa 2: - Não. O softaware livre possui licença que permite que as pessoas mantenham o direito de utilização e impeçam quaisquer tipos de restrições. Pessoa 1: - Uai! Me conta essa história direito! Pessoa 2: - Acho melhor começar pelo começo... Era uma vez, um estudante universitário chamado Richard Stallman, que junto com outros colegas, trabalhavam com computadores de grande porte. Em 1984 eles receberam de presente, no laboratório de informática, uma impressora laser da Sheroxy. Em pouco tempo eles começaram a verificar que tinham problemas, apesar da ótima qualidade da impressão. Pessoa 1: - Eles também tinham esse problema com a impressora matricial? Pessoa 2: - Não, eles tinham desenvolvido vários programas que faziam todo o controle da impressora através dos terminais de usuários. Ele pretendia aplicar esse programa na impressora laser. Stallman marcou uma conversa com o representante da impressora... Para poder aplicar a interface na laser,assim pediu que o representante fornecesse o driver. Stallman:- Nós pretendemos melhorá-lo, dando condições de operação mais razoáveis. Fabricante: Não, não, não. Não vamos sair por aí distribuindo. Pessoa 2: - Mas o representante percebeu que isto poderia render-lhe dinheiro, aí veio a proposta... Fabricante: Vamos fazer o seguinte. Eu... Tenho aqui um documento. É um acordo de não-revelação, não poderá contar a ninguém sobre a implementação no programa e nem poderá revelar como é o programa atual. Stallman: Mas isso é um absurdo! Nós vamos melhorar o que existe e as pessoas não vão poder se beneficiar do nosso trabalho? Fabricante: Claro que vão, quando comprarem de nós a próxima versão do programa. Afinal, nós somos os proprietários e não queremos que os outros fiquem por aí mexendo à vontade nos nossos produtos. Stallman: ABSURDO!!!! Pessoa 2: -Stallman retorna à universidade angustiado, tenso , tentando encontrar uma saída. Stallman: Tive uma idéia, eu iria cometer um engano terrível, precisamos construir um movimento onde o software seja livre!!! Pessoa 2: - E foi assim que teve início o movimento com o propósito de iniciar uma luta onde o produto da inteligência humana fosse livre. Para que todos pudessem contribuir, produzir e participar do desenvolvimento tecnológico. Stallman: Companheiros, temos que nos unir em prol da coletividade. O resultado de nossas pesquisas e projetos deverá ser de uso público, sem restrições. Pessoa 2:- A 1ª coisa que o grupo de Stallman percebeu era que necessitavam de um compilador livre e de um editor que ajudassem os programadores a produzirem seus programas. Stallman: Vamos criar o GCC, que será um compilador livre e um editor de texto. Pessoa 2: O compilador desenvolvido foi o C e o editor de texto foi o Emacs. Pessoa 2: - Como o sistema operacional que estava sendo criado era baseado no Unix, eles chamaram de GNU, que significa: “GNU is not Unix”, um acrônimo recursivo, que era muito utilizado na época. Pessoa 1: - Mas se GNU não é Unix... Então o que ele é? Pessoa 2: - O Unix foi o primeiro sistema operacional a ser criado com uma filosofia não colaborativa, que serviu de base para a criação do minix, e é um software proprietário. O Gnu é baseado no Unix, mas é livre !!! Pessoa 1: - E como a gente sabe que um programa é livre? Pessoa 2: - É simples. Para ser livre, ele tem que se enquadrar em 4 regras básicas: 1.O programa poderá ser executado, não importando o objetivo que o levaram a fazê-lo. 2.Você tem a liberdade de modificar o programa e adaptá-lo às suas necessidades 3.Você tem a liberdade de redistribuir cópias dos programas livres, tanto gratuitos quanto vendidos. 4.E você também tem liberdade de redistribuir versões modificadas do programas de modo que a comunidade pode beneficiar-se das modificações que tenha feito. Pessoa 1: - Deixa ver se eu entendi... Eu posso executar o programa independente de para que fim seja. Pessoa 2: - Isso mesmo. Pessoa 1: - Eu posso alterar o programa da forma que achar adequado e deixá-lo do jeito que quiser. Pessoa 2: - Exatamente. Pessoa 1: - Eu tenho a liberdade de copiar o programa e dar para um amigo ou atá vendê-lo. Pessoa 2: - Muito bom. Pessoa 1: - Eu tenho liberdade de redistribuir o programa com todas as modificações que eu tenha feito. Pessoa 2: - Parabéns, você acertou todas! Pessoa 1: - Puxa, como esse negócio de software livre é fantástico! Mas, que mal lhe pergunte, como é possível ganhar dinheiro com isso? Como que os programadores sobrevivem? Pessoa 2: - Vamos esclarecer uma coisa: A nossa sociedade existe e deve basear-se na ajuda mútua dos seres humanos. Quantas vezes você ou eu já ajudamos pessoas de maneiras diferentes? Pessoa 1:- Mas nem todo mundo é assim. Pessoa 2: - De fato, mas se você pensar, vai ver que todas as vezes que as pessoas se ajudam mutuamente o dia-a-dia fica mais... Fácil. É dentro desse espírito que a comunidade do software livre age. Para você ter uma idéia, existem milhares de programadores que trabalham voluntariamente desenvolvendo programas de computadores. Eles estão espalhados pelo mundo todo. Pessoa 1: - Milhares? Pessoa 2: - Por todos os continentes e utilizam a Internet como um meio de organização e divulgação de idéias e produtos. Pessoa 1: - Mas como é que os programadores pagam suas contas? Pessoa 2:- Simples, vendendo serviços, suporte, manutenção, treinamentos. Pessoa 1:- Entendi. Você faz um programa como um banco de dados e coloca no mercado pra vender ou distribuir livremente pela internet. Alguém pega o programa e decide implementá-lo na empresa, vai precisar de gente treinada, suporte, etc. Pessoa 2: - Exatamente, e com certeza poucas pessoas terão tanta habilidade como os criadores do produto, certo? Você pode chegar a uma outra conclusão? Pessoa 1: - Qual? Pessoa 2: - Que o mercado de software livre é mais competitivo que o de software proprietário. Pessoa 1: - Como? Pessoa 2: - Imagine um grupo de programadores inexperientes que fizeram um banco de dados fraquinho, poucos recursos, meio bobo... Pessoa 1: - E... Pessoa 2: - Como os programas são abertos, as pessoas, inclusive outros técnicos, poderão ver o programa e talvez cheguem à conclusão que o mesmo não é bom e vão querer aperfeiçoá-lo. Pessoa 1:- Continuo sem entender. Pessoa 2: - Ora, isto quer dizer que as pessoas estão verificando quem tem os melhores programas e se são bem feitos, se as rotinas estão... bem otimizadas E por aí vai. Pessoa 1: - Isto significa que sempre existirão programas com boas performances e otimizados. Pessoa 2: Isso mesmo, e quem se beneficiará são os usuários finais, que terão produtos cada vez melhores , satisfazendo assim as suas necessidades e sempre reduzindo o número de problemas. Pessoa 1: - Eles vão congelar o meu micro? Pessoa 2:- Dificilmente, até porque os programas livres do sistema GNU têm outro tipo de engenharia, diferente do sistema operacional que você utiliza, mas isso fica pra outro dia. Pessoa 1: - Utilizava, vou agora mesmo comprar um para instalar no meu micro. Pessoa 2: - Não precisa, eu fiz uma cópia para você. Pessoa 1:- Uau Pessoa 2: - É isso aí! Usar o software livre é conquistar o direito à liberdade no uso da tecnologia.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

E o espaço vivo continua...

Talvez você esteja se perguntando... "Espaço Vivo"????
O que ela quer dizer com isso???
Pois bem, caros colegas!!!!!
Ontem continuamos aquele espaço de discussão que falei na minha ultima postagem. Os temas foram: Impressos / Internet x Educação.
As abordagens seguiram a mesma tendência, visto que nos baseamos em um roteiro de pesquisa e elaboração: Origem, evolução, curiosidades, perspectivas educativas, etc. Como sempre, muito enriquecedor nosso encontro!!
Mas hoje quero me prender em dois aspectos que chamaram, em demasia, minha atenção. Primeiro é o tal "espaço vivo" que citei anteriormente. Ele é nada mais que a escola!!!
Como foi o ultimo dia de apresentação, acabamos juntando tudo que já tinha sido mencionado em outros encontros. Chegamos à conclusão que a escola é um verdadeiro espaço vivo de produção de cultura e conhecimento.
Veja bem... Eu falei de produção e não reprodução!!!!!!
O triste disso tudo é que o mundo evolui, as informações voam, a tecnologia caminha aceleradamente e a escola apenas reproduz!!!
Vimos, com bastante clareza, que todas as mídias são possíveis de serem produzidas na escola, entretanto, elas apenas as usam como "recurso" pedagógico, ou seja, no lugar de desencadear novas práticas, absorvem tudo que vêm.
Isso é preocupante???? E muito!!!!!
O outro ponto é a internet. Então volto à mesma questão: Não é porque se trata de um elemento tecnológico que vamos apenas introduzir tudo que encontramos.
É importante perceber que as tecnologias surgem para facilitar nossa vida, [CLARO!!!] mas não temos que ser apenas consumista e sim críticos diante do que aparece.
Tudo trás em si um caráter ideológico e o nosso papel é atuar nesse contexto no sentido de produtor também!!
Então fica ai para você refletir: Não tenha medo de construir... Crie, contribua e apareça. Lembre-se que a sociedade precisa do nosso posicionamento!!!!

sábado, 9 de junho de 2007

Nosso espaço de discussão!!!

Na ultima terça-feira demos início as apresentações dos seminários temáticos sobre meios de comunicação e educação.
Prefiro nem conceituar de seminário e sim de espaço de discussão, pois o que de fato ocorreu, visto que diante das informações explanadas pelas equipes, conseguimos transformá-las em conhecimento de uma forma crítica e interativa.
Aline começou com Tv e vídeo trazendo o surgimento no âmbito global e posteriormente nos apresentou um vídeo sobre a evolução da Tv no Brasil.
Riquíssimo material, pois além de nos inteirarmos sobre o tema específico, nos possibilitou uma viagem sobre questões políticas, econômicas e ideológicas que se encontram intrinsecamente ligadas ao contexto.
Eu e Verônica apresentamos o Rádio e sua veloz evolução ao longo da história.
Através de uma linha do tempo assinalamos os principais acontecimentos que marcaram tal progresso, além dos tipos de rádio e curiosidades como Projeto Minerva que se propôs, através de características peculiares do rádio (custo baixo e familiaridade universal), utilizá-lo como meio que ajude o homem desenvolver suas potencialidades enquanto ser participativo e integrante da sociedade. Foram também explicitadas políticas publicas atuais como o "Radio Escola" e outra série de questões envolvendo o meio de comunicação e a educação.
Caracterizo como bastante proveitosa toda a discussão, pois, dentre outros aspectos, ficou evidente o papel educativo que ambos meios desempenham!!

terça-feira, 29 de maio de 2007

De volta à sala de aula...

Depois dos agitos ocorridos em virtude dos trabalhos desenvolvidos na Semana do Software Livre e a minha ausência na semana anterior, voltei para sala de aula.
Estava com saudades viu... rsrsrsrs!
Hoje foi light!!!!!
Iniciamos com um agradável bate-papo sobre os acontecimentos do envento e posteriormente começamos a delinear os seminários que irão acontecer nas duas próximas semanas.
Em relação ao seminário, foram definidas as precisas datas e os elementos para discussão (que não são poucos!!!!!!!).
Fiz um esboço, sujeito a alterações, de como vai ser a apresentação, cujo tema é Educação e Rádio. A verdade é que não tenho muita coisa para falar hoje, o que tenho, de fato, é muito à fazer durante essa semana, pois a Eu e Verônica (Rádio) e Aline Clea (Tv e Vídeo) iniciaremos as apresentações!!!
Até lá galera!!!
E torçam [PLEASE!!!] para para que consigamos fazer um bom trabalho!!!